Abrindo a geladeira na pandemia
Durante a nossa longa estadia dentro de casa por causa da quarentena, começamos a remexer nosso frigobar e estantes de cerveja e resolvemos tomar alguns rótulos que por algum motivo estavam guardadinhos esperando uma data especial.
Então vamos mostrar o que desenterramos por aqui. Perdemos o apego e abrimos durante esses meses.
Bohemia Reserva Safra 2013 (Brasil)
Esta Cerveja estava guardadinha em sua linda caixa de madeira há exatos 5 anos (mais 2 de maturação). Ganhamos ela em um jantar super especial realizado dentro de um convento desativado aqui em São Paulo.
Uma Barley Wine com 10% de teor alcoólico e 36 IBU em uma garrafa de cerveja tradicional, mas com a tampinha velada, dando um toque especial a essa cerveja. Foram produzidas 4500 unidades da Bohemia Reserva. A taça que veio no kit dessa cerveja é incrível, super fina e não tem haste e nem base, apoiado apenas em um pedaço de rolha.
A expectativa estava grande em ver como ela tinha passado os anos e para nossa grata surpresa ela envelheceu muito bem. Não perdeu carbonatação e seguiu equilibrada. Queria ter mais uma dessa.
Westvleteren XII (Bélgica)
Essa cerveja tinha um significado especial para nós porque trouxemos de uma viagem para Bélgica há 4 anos atrás. Mesmo por lá foi bem difícil encontra-la, mas foi divertido a corrida atrás da tão desejada garrafinha sem rótulo.
A cerveja é sensacional e vale a experiência. Uma Belgian Strong Ale com 10% de teor alcoólico. Considerada como a melhor cerveja do mundo, não podemos afirmar isso mas com certeza é uma ótima cerveja.
A Westvleteren é fabricada em um mosteiro trapista, desde 1838 e sua renda é toda destinada a obras de caridades e manutenção das abadias.
Baden Baden Tripel (Brasil)
A Baden Baden Tripel foi uma edição especial lançada pela última vez em 2015, em um kit composto por uma caixa de madeira, uma lata decorada onde vinha a garrafa da cerveja e a taça da cerveja. Aliás, a garrafa era um charme total, de flip top e de cerâmica, com relevo do brasão da cervejaria banhada a ouro. Quer mais detalhes? As garrafas eram numeradas e foram lançadas 2580 unidades dela.
Do estilo belga, tripel, com 15% de teor alcoólico, foi inspirada nas cervejas produzidas originalmente nos monastérios belgas e holandeses. Passou por uma tripla fermentação e um período de oito meses em maturação nos tonéis de Campos de Jordão. Com coloração ouro avermelhado, corpo denso, textura licorosa, aroma de frutas e avelã, boa carbonatação e espuma densa.
Depois de 5 anos, o que dizer dessa experiência? A coloração manteve-se, o teor alcoólico mais acentuado e teve perda da carbonatação.
Uma boa cerveja mas o tempo de guarda não trouxe muito benefício. Seria muito legal a Baden Baden voltar a relançar essa edição!
Delirium Tremens (Bélgica)
A Delirium Tremens é um amor antigo. Logo nos nossos primeiros passos no mundo da cerveja especial, fomos apresentados a essa cerveja na pressão no antigo BierBoxx na Vila Madalena. Uma Belgian Golden Strong Ale com corpo e alto teor alcoólico (8,5%). Triplamente fermentada utilizando 3 diferentes fermentos. A última fermentação acontece na garrafa. Essa cerveja ficou por volta de 2 anos guardada em nossa casa até ser aberta. Uma delícia sem perda nenhuma pela guarda.
Zalaz Amburana e Café (Brasil)
Não poderíamos ter deixado de viver um #momentozalaz durante essa época, né? E acertadamente decidimos abrir um presente de aniversário de namoro de 2019, a Zalaz Amburana e Café. Uma Baltic Porter produzida com café colhido na própria fazenda e chips de madeira amburana e rapadura. Foram utilizados 7 maltes nessa cerveja espetacular. Há muito equilíbrio entre os ingredientes, deixando o teor alcoólico passar despercebido. Essa é daquelas cervejas que gostaríamos de poder comprar todos os meses.